Realizar esta monografia foi extremamente importante.
Participar de uma consciência histórica que ultrapassa séculos e nos toca fundo é algo incrível de se fazer.
A beleza de sentir a história na pele, de olhar para os lados e conseguir ver junto de hoje o ontem, ainda vivo e cheio de força em sua paisagem, mesmo que aparentememente modificada, é um estímulo, uma verdsadeira inspiração.
A história viva, como depoimento da consciência dos homens, nos faz sentir muito próximos de nós mesmos, de nosso passado, de nossas raízes. Então, 1673 parece ter acontecido ontem.
Quando comecei a escrever fiquei apavorado. A sensação que tive muitas vezes era a de que ficaria perdido no passado, tentando chegar ao dia de hoje, sem, no entanto,conseguir.
Eram muitas as informações. As vezes dispersas, incompletas e sem qualquer referência. Reuní-las foi trabalhoso, entretanto muito recompensador.
O importante é que consegui chegar aqui, em 1986, trazendo de longe no tempo a reunião de algumas informações que considero fundamentais para esta terra, este povo e para quem quiser aprofundar em seu estudo.
Não tive preocupação em estabelecer uma análise profunda e crítica da organização sócio-econômica e política da região Campograndense. O que mobilizou na realidade foi o intuito de levantar e organizar dados dispersos que poderiam traçar, de sua fundação aos nossos dias, o seu perfil histórico, possibilitando, assim, a existência de estudos ulteriores mais profundos.
Não estou sendo pioneiro, muitos já levantaram dados de diversos aspectos dessa região. E o meu objetivo foi justamente este, juntar os “muitos” em um só, servir de elo, se tornar ponte.
O fato de ter percebido que a cada momento os dados se multiplicavam e que debaixo da ponte muita água ainda rolava, me fez entender mais ainda o caráter introdutório desta pesquisa. E isto foi muito gratificante, a história não pode ser detida e sempre há algo para se fazer, para se estudar, para se viver.
Vivi, nestes últimos tempos, Campo Grande dentro de mim, e isto foi intenso.
Agora chegou a vez de emprestar essa vivência aos desejosos, como eu, de estender ao máximo esta curiosidade infinda que faz de todo homem um historiador “inato”. Por mais simples que possa parecer é isto o que deve ficar desta monografia.
Por fim, porm ais incomum que se apresente, gostaria de me permitir uma dedicatória:
Dedico, então, este estudo monográfico àquela que deu brilho a minha existência e a de Ana Paula, nossa filha Pamela. Que sua luz traga mais vida ao verde lindo da terra que foi seu berço - Campo Grande.