Três mestres contemporâneos da Antropologia Afro-brasileira, Arno Vogel, Marco Antônio da Silva Mello e José Flávio Pessoa de Barros (in memoriam), conseguem de forma dinâmica, moderna e exponencial trazerem à baila um tema inédito e ao mesmo tempo curioso, a galinha d’angola, tô fraco, a etú, entre outras denominações, revelando didaticamente a presença indispensável desse símbolo focal nos ritos do Candomblé, garantindo-lhe um destaque nunca antes dedicado.
Galinha D’Angola, longe de ser um livro apenas para iniciados, traz em seu texto uma beleza e um aprofundamento primoroso e de imenso valor científico, que, muito além do tempo tem se consolidado como um trabalho perene, que atravessará gerações.
Além do refinado texto, os autores foram cuidadosos com a atualíssima tradução dos termos em yorùbá, facilitando aos estudiosos e ao público em geral a avaliação da importância deste idioma no Candomblé
Por tudo isso, com isso e para isso, é que Galinha D’Angola se consolidou como um clássico da literatura Afro-brasileira, pontificando, esclarecendo e trazendo uma novíssima visão do culto de Òrìṣà no Brasil e (re)afirmando nossa identidade cultural.